Parto natural e os 4 meses de Flora
Flora está fazendo 4 meses e ainda tenho dor da cesárea. Tivemos uma tentativa de parto natural domiciliar com necessidade de transferência para o hospital, terminando com cesárea.
Não é só um desconforto, é dor.
Está longe de ser a maior dor do mundo e passa longe de ser insuportável. Mas dói e é chato. E quando uma das crianças chuta minha barriga sem querer eu dou um gritinho.

Puerpério não é apenas recuperação física, é um processo natural e incrível de renascimento, um verdadeiro rito de passagem da mulher à mãe. E todo rito de passagem exige esforço, superação, batalha interior. O que muda é a consciência de cada um ao viver esse rito.
Essa dorzinha é compartilhada por centenas de brasileiras. Se somarmos todas elas teremos um punhado de dor desnecessária para ser absorvida e purificada pela Mãe Terra. A dor de uma é a dor de todas. Toda dor, indiferente da natureza e intensidade gera impacto no convívio, no todo. E ao somarmos dores desnecessárias estaremos de certa forma poluindo um dos aspectos da vida.
Segundo a OMS é coerente que 15% das mulheres sofram essa dor, no Brasil são 60% que tem sido submetidas à cirurgias, em parte dos casos desnecessárias.
Renascimento do parto natural
A boa notícia é que este número está caindo e mais mulheres estão podendo escolher com consciência e responsabilidade sobre seu parto natural ou não.
Desde sempre defendi o parto normal.
Ao me aprofundar no assunto comecei a defender o parto humanizado.
Quando tive a experiência de parir percebi as atrocidades que acontecem com gestantes e crianças.
Depois conversei com mulheres sobre parto vi que violência obstétrica existe e é mais comum do que pensamos.
Depois conversei com mulheres sobre parto vi que violência obstétrica existe e é mais comum do que pensamos.
Por menos mitos, mais informação e respeito à vida.