3 anos do Ben
Então, o Ben fez 3 anos, no dia de São Francisco.
Isso quer dizer que sobrevivi ao terrível two! Eita que foi lasqueira.
O que aprendi?
Lidar com as emoções
Que cuidar de recém nascido é simples, o que torna difícil é o medo do desconhecido e da responsabilidade desta tarefa.
Vencer esse medo nos dá armas para enfrentar o que realmente desconhecemos, que são o ímpeto das emoções que desabrocham aos dois anos. Meu Deus, como lidar com esse turbilhão desenfreado? Com esse baú de pólvora que explode com qualquer faísca sem aviso prévio?
Eis o desafio começando. E é ele que vamos enfrentar durante a vida toda. Precisamos aprender a lidar com as emoções, nossas e de nossos filhos.
Empatia
Neste tempo aprendi a empatia. É preciso enxergar pelos olhos da criança para tentar compreendê-la. Só assim podemos manter o vínculo de confiança. Sem empatia quem ganha espaço é a carência e a dependência.
Senso de justiça
Aprendi senso de justiça. É preciso ser justo e esperar de uma criança de dois anos um comportamento de criança de dois anos, nem mais, nem menos. E o turbilhão faz parte desta fase, não podemos querer calar, é preciso fazer fluir.
Percebi que, mais madura ou menos madura, criança é criança e não deve receber carga maior que a própria de sua idade. Mesmo que não demonstre, não devemos violenta-lá com a maturidade aparente.
Adultos são crianças em corpos grandes
Aprendi que nós adultos somos iguais às crianças, temos as mesmas crises, ficamos burros diante das emoções, temos piti, birra e vivemos em crise, mas quando é conosco achamos normal. Agimos quase que semanalmente como crianças, mas queremos que elas ajam sempre como adultos. #crazypeople
Humildade
Percebi a importância de não nos julgarmos donos da verdade, de ter consciência que nada sabemos para qualificar nossa maternagem. Aprendi a pedir desculpa e me libertar do orgulho. Pelo menos tentar.
Desapego
Que tudo muda o tempo todo, que nada é sólido e o que achamos que é sólido se desmancha ao ar feito pó. Que quanto mais desapegada eu penso que sou, mais a vida me mostra o quanto sou apegada.
Viver o presente
Aprendi que quando não sabemos mais o que fazer temos que esperar a poeira baixar e cuidar para não nos machucar.
Percebi que todo mundo deveria ter seu canto da calma, e feliz de quem tem alguém pra te lembrar que ele existe.
Que esperar e respirar é o melhor, na maioria dos casos.
O quanto é bom sentar e conversar comendo bergamota.
E claro que tudo passa (clichê) inclusive os dois anos. Mas que o desafio continua.
Lá vamos nós colher o que os 3 anos podem nos ensinar.