Loja de brinquedos

Outro dia, na loja de brinquedos sentei exausta no chão do corredor dos heróis.

Enquanto meus filhos se distraiam olhando as coisas. Percebi que não tinha nenhum boneco de heroína. (Sou meio atrasada, mas só frequentava a sessão de bebê antes da pandemia e durante não fui a lojas). Nem mulher maravilha, nem mulher gato, nem pantera negra. Elas são famosinhas, estão lá na liga da justiça, tem filme. Por que nãoe stão na prateleira?

Heroínas verdadeiras como Madre Tereza, Marie Curie, Katalin Karikó, Rosa Parks, Malala. Sério, tinha uns cinco modelos de super homem e nenhuma mulher maravilha. A Sonic menina também não tinha.

Um zilhão de brinquedo nas lojas e uma sensação de mais do mesmo. Nada legal. Tudo tralha para ficar jogado na gaveta, quer dizer, no chão do quarto. E não é falta de investimento porque tem uma galera criando, sendo paga para criar mais do mesmo, para reinvestir no que foi sucesso de novo, de novo, de novo sem um pingo de evolução.

É totalmente viável estudar sobre desenvolvimento infantil para criar brinquedos interessantes que ajudem as crianças. A demanda existe, os pais vão comprar, eles querem dar coisas aos filhos. É só ofertar que vende. Crianças tem sede de novidades. Dá sim para ter uma indústria inteligente e com resultados positivos.

Falta vontade e coragem para inovar. Isso que aqui na Alemanha encontramos muito mais ofertas de brinquedos educativos e bons que no Brasil. E muitos são baratos inclusive.

Mas de novo, a indústria precisa responder aos interesses do cidadão, do consumidor, às necessidades e não criar com base no seu umbigo e em gráficos ilusórios de gente que mal sabe estatística. É brinquedo educativo não precisa ser apenas naturais, de madeira, orgânicos essas coisas. Eles podem ser industrializados, mas não precisam ser toscos.

Temos que parar de subjugar a inteligência das crianças, de nivelar por baixo. Também vi que lançaram umas Barbies de mulheres de impacto. Mas tá custando r$400. É insano um preço desses por uma boneca! A maioria das crianças não terão acesso. Como não tem acesso a a educação de qualidade e a uma vida segura.

Não basta fazer de conta que tá moderninho e alinhado com o que o consumidor espera. Tem que fazer ser acessível. Não dá para fingir ser engajado as causas sociais. Precisa parar de posar para foto e realmente realizar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.